22 abril 2009

Que horas são?

Ainda às voltas com a minha to-do-list...


Voltando do feriado, fiz nova to-do-list. 64 itens! Cansativo. Fui dormir, exausto. Hoje acordei cedo, mas não achei a lista. Fiquei lendo O resto é ruído.

Depois do almoço encontrei a lista. Mas então perdi os óculos... Achei aquele CD do Paulo Moura, re-edição do vinil, Confusão urbana, suburbana e rural.

Achei o óculos e a lista. Procuro nos meus MP3 aquela gravação da Cultura FM com o concerto para piano do Ginastera, aquele que o Keith Emerson, do Emerson, Lake & Palmer gravou.

"Que horas são?", pergunto retoricamente: já se foram os bons tempos em que era possível perder a hora. "11:33", berram, em uníssono, o Microondas, o relógio do Windows, a TV, o DVD e o rádio de pilha. Na casa da minha tia tinha um relógio grandão, de pêndulo, enorme, parecia um armário. Fazia um barulhão.

Vou na Dengosa pegar meia-dúzia de pão francês e um litro de leite. "Só sei que nada sei", respondo socraticamente ao inevitável "Crédito ou débito? Vai querer nota fiscal paulista?" emitido monotonamente pela moça do caixa. Não se respeita mais nem a dúvida.

Volto pra casa. Converso com a senhora do 1701. É mesmo, esfriou. Olho pela janela. Medito. Divago. Procuro uma citação perdida na memória. Borges. "Se apaixonar é entrar para a religião de um Deus falível". Porque eu não pensei nisso antes?

Puxa, 5 e 48? Já? Perdi a hora... Checo os emails. Apago os inúteis, maioria. Não me dei conta do passar das horas ouvindo Piazzolla. (Sim, percebi, minha alma anda meio portenha). Baixei o Piazzolla da rede. Queria baixar mais mas esqueci a senha. Tento recuperar através da pergunta. "De qual filósofo o Papa falou mal recentemente?" Bico. Aliás, uma merda este Vista. Melhor re-instalar o XP.

Revejo a lista. Me dou conta que escrevi com aquela Lammy deliciosa que ganhei de presente da Bia. Adoro caneta.

Por falar nisso, por onde ondará a Vera, irmã da Bia, linda, meiga e doce, com aqueles olhos verdes marítimos, oceânicos? Tem recado piscando na secretária. Aposto que é a Beth, secretária do Dr. Nelson, confirmando a consulta amanhã. E se eu não for? Invento uma desculpa qualquer depois.

Dou uma entrada na internet. Faço um chá de jasmin. Vejo as notícias. O cara da loja de automóveis ligou. O documento tem que ser autenticado. Passo no cartório amanhã. É no caminho do Dr. Nelson. Dona Maria pediu pra passar no super, comprar mais Cândida. Haja Cândida, Dona Maria! A lista ficou desatualizada. Melhor começar outra. Mañana, mañana. Não sou homem de ficar adiando indefinidamente as coisas. Mais ô coisa besta que é reconhecer firma de documento! O Fernando Henrique não falou que ia acabar? Falou ou não falou? Não lembro mais. Amanhã vejo isso.