O roteiro de Guimarães Rosa na cidade alemã
João Guimarães Rosa viveu em Hamburgo entre 1938 e 1942, quando foi cônsul-adjunto do Brasil. Ali conheceu Aracy, que viria a se tornar sua segunda (e definitiva) mulher. Neste período, ele escreveu um diário, que permanece inédito até hoje, onde descreve alguns lugares da cidade.
Em março de 2008 fotografei alguns destes lugares. Neste vídeo, intitulado "Grande Sertão: Hamburgo" aparecem alguns dos seus principais marcos, como o Jardim Botânico, o rio Alster e a Ópera. Além disso, aparecem também as duas casas em que o escritor morou, o local onde ficava o consulado brasileiro, e a casa onde Aracy morava.
Muitos desses lugares foram inteiramente destruídos, e reconstruídos depois da Segunda Guerra Mundial. Hamburgo foi castigada pelos bombardeios aliados. Ao final da guerra, em 1945, a maior metrópole comercial da Europa continental tinha perdido quase a metade de suas edificações. Só nos bombardeios dos últimos dias de julho de 1943 quase 50 mil pessoas morreram.
Guimarães Rosa, que saiu de lá em 1942, descreve minuciosamente em seu diário o início dos bombardeios. Infelizmente este importante documento histórico continua inédito: sua publicação foi vetada pelas filhas do primeiro casamento do escritor, Wilma e Agnes, sob a alegação que descreve também o início de seu relacionamento com Aracy.
Assim, ficamos sem o que talvez seja o único diário da Segunda Guerra Mundial escrito por um grande autor latino-americano. E vale lembrar também que o relacionamento com Aracy, que começa justamente em 1938, ao se conheceram no Consulado de Hamburgo, seria mais tarde oficializado através de casamento, e se estenderia por quase 30 anos, até a morte de Guimarães Rosa, em 1967.
30 setembro 2008
11 setembro 2008
Passeio pela arte moderna
Uma experiência áudio-visual pós-tudo
Nos anos 70, fiz um curso de história da arte com o professor Gilson Pedro no Colégio Equipe. Seus cursos utilizavam imagens e música para criar uma atmosfera extremamente envolvente, na qual os alunos faziam uma relação entre as diferentes correntes artísticas na história da arte e da música.
Em setembro estive no Equipe para uma apresentação dos alunos (comemorando os 40 anos do Equipe), e o reencontrei. Lembrei de seus cursos, e resolvi fazer esta homenagem. Ao invés do carrossel de slides e do gravador de fita cassete que ele costumava usar, utilizei imagens digitais obtidas na internet e uma trilha em mp3 ("Very Early", de Bill Evans, em versão do Kronos Quartet).
Nos anos 70, fiz um curso de história da arte com o professor Gilson Pedro no Colégio Equipe. Seus cursos utilizavam imagens e música para criar uma atmosfera extremamente envolvente, na qual os alunos faziam uma relação entre as diferentes correntes artísticas na história da arte e da música.
Em setembro estive no Equipe para uma apresentação dos alunos (comemorando os 40 anos do Equipe), e o reencontrei. Lembrei de seus cursos, e resolvi fazer esta homenagem. Ao invés do carrossel de slides e do gravador de fita cassete que ele costumava usar, utilizei imagens digitais obtidas na internet e uma trilha em mp3 ("Very Early", de Bill Evans, em versão do Kronos Quartet).
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