Circo: tem coisa mais legal? O Circo-Escola Picadeiro deu uma canja na Praça das Jabuticabas, durante a Virada Cultural promovida pela prefeitura (veja as fotos). A Nossa Praça das Jabuticabas é um projeto muito interessante cujo objetivo é revitalizar uma praça do bairro da Aclimação, que estava abandonada.
Esta praça tem uma história curiosa: durante décadas foi a garagem da CMTC onde ficavam estacionados os trolebus da tradicional linha Cardoso de Almeida - Machado de Assis, que circula ainda hoje.
Nos anos 90 a garagem foi demolida e no lugar erguida uma praça, que ficou meio largada. No ano passado, o instituto A Casa, uma ONG ligada à saúde mental e psicossocial que funciona perto da praça, resolveu ‘adotá-la’. Hoje acontecem atividades durante os fins de semana, tais como oficinas de arte, capoeira, música e teatro para as crianças.
No final de semana retrasado a praça foi incluída pela primeira vez na Virada Cultural, com apoio da subprefeitura da Vila Mariana, e recebeu o Circo-Escola Picadeiro, uma galera da pesada.
Taí um bom exemplo de cidadania participativa.
(Veja as fotos do domingo de circo na Praça das Jabuticabas)
29 maio 2006
19 maio 2006
Na frente de batalha
Repórter penetra em área de segurança do quartel-general de organização criminosa
Fui enviado ao Shopping Iguatemi, notório ponto de encontro da perigosa facção criminosa conhecida como 'minoria branca', depois que o governador Cláudio Lembo encontrou os culpados pela violência em São Paulo.
Antes porém, zeloso dos meus deveres de bem informar ao público, fui na Internet conferir. No IBGE teen, o site educacional do IBGE destinado aos adolescentes, descobri que o governador cometeu uma imprecisão (um lapso gramatical, talvez): na verdade a 'minoria branca' é 52% da população brasileira.
Desfeito o mal entendido, fui ao Shopping Iguatemi fazer compras para passar por um típico consumidor da 'minoria branca': um bloco de notas e uma caneta na papelaria Info-Paper & Co, no piso térreo. E então, usando toda minha experiência de jornalista investigativo, tentei identificar qualquer vestígio de ação criminosa.
O experiente fotógrafo René Bresson, veterano de muitas coberturas jornalísticas internacionais (e ganhador de um prêmio Ipiranga de fotojornalismo) levou sua câmera-celular disfarçada de sapato e fotografou áreas de segurança máxima, como o estacionamento VIP.
Cláudio Lembo havia dito também à Folha de S. Paulo que 'a burguesia terá de abrir a bolsa'. Mas pude constatar que é só isso que eles fazem, governador. É um consumismo só: é um tal de pão de queijo recheado com requeijão e molho de azeitona, empadinha de palmito, tênis Nike, esfiha de carne, de queijo e de espinafre, TV de plasma pra assistir a copa, suco de acerola com laranja, camisa Lacoste, e o diabo a quatro.
E telefone celular, governador, muita gente comprando, trocando, fazendo upgrade para os novos modelos, cada vez mais modernos. Alguns fazem até conference call. Celular, governador, celular. Caiu a ficha?
Devido a importância do celular nos últimos acontecimentos, minha primeira suspeita mais séria recaiu sobre a Boutique dos Eletrônicos, no piso inferior, onde há anos compro tudo em matéria de acessórios para o computador. Marcelo, o vendedor, é muito bem informado em matéria de eltrônicos (foto). Se o senhor estiver precisando de um consultor em matéria de celular, governador, é com ele mesmo.
Prosseguindo na minha árdua missão, achei muito suspeito o bebedouro para cachorros no estacionamento VIP. E mais estranho ainda, apesar de lotado de seguranças, o René fotografou a vontade. Fingia que estava falando com alguém ao celular, ou que estava checando torpedos, e fotografava. Parecia o Maxwell Smart, o Agente 86, com a sua câmera disfarçada no sapato.
De repente percebi que tinha muita gente da 'minoria branca' falando ao celular com um ar levemente conspiratório. O que eles estariam tramando? Um café no quiosque do Viena? Um rodízio de pizza no Rascal? Cheesburger no América? Estariam em conference call com outros shoppings de São Paulo? Aí tem coisa, governador.
Depois de muito matutar cheguei a conclusão de que o líder da facção criminosa só pode ser o Joaquim, da barbearia Ringo, que sempre fala mal do governo quando corta o meu cabelo. Se eu fosse o senhor, governador, mandaria um jatinho da PM para negociar com ele.
E por via das dúvidas, mandaria bloquear o sinal do celular em todos os shoppings da capital.
(Veja fotos ultra secretas feitas com celular em áreas de segurança máxima dos Shoppings Iguatemi e Villa Lobos)
Fui enviado ao Shopping Iguatemi, notório ponto de encontro da perigosa facção criminosa conhecida como 'minoria branca', depois que o governador Cláudio Lembo encontrou os culpados pela violência em São Paulo.
Antes porém, zeloso dos meus deveres de bem informar ao público, fui na Internet conferir. No IBGE teen, o site educacional do IBGE destinado aos adolescentes, descobri que o governador cometeu uma imprecisão (um lapso gramatical, talvez): na verdade a 'minoria branca' é 52% da população brasileira.
Desfeito o mal entendido, fui ao Shopping Iguatemi fazer compras para passar por um típico consumidor da 'minoria branca': um bloco de notas e uma caneta na papelaria Info-Paper & Co, no piso térreo. E então, usando toda minha experiência de jornalista investigativo, tentei identificar qualquer vestígio de ação criminosa.
O experiente fotógrafo René Bresson, veterano de muitas coberturas jornalísticas internacionais (e ganhador de um prêmio Ipiranga de fotojornalismo) levou sua câmera-celular disfarçada de sapato e fotografou áreas de segurança máxima, como o estacionamento VIP.
Cláudio Lembo havia dito também à Folha de S. Paulo que 'a burguesia terá de abrir a bolsa'. Mas pude constatar que é só isso que eles fazem, governador. É um consumismo só: é um tal de pão de queijo recheado com requeijão e molho de azeitona, empadinha de palmito, tênis Nike, esfiha de carne, de queijo e de espinafre, TV de plasma pra assistir a copa, suco de acerola com laranja, camisa Lacoste, e o diabo a quatro.
E telefone celular, governador, muita gente comprando, trocando, fazendo upgrade para os novos modelos, cada vez mais modernos. Alguns fazem até conference call. Celular, governador, celular. Caiu a ficha?
Devido a importância do celular nos últimos acontecimentos, minha primeira suspeita mais séria recaiu sobre a Boutique dos Eletrônicos, no piso inferior, onde há anos compro tudo em matéria de acessórios para o computador. Marcelo, o vendedor, é muito bem informado em matéria de eltrônicos (foto). Se o senhor estiver precisando de um consultor em matéria de celular, governador, é com ele mesmo.
Prosseguindo na minha árdua missão, achei muito suspeito o bebedouro para cachorros no estacionamento VIP. E mais estranho ainda, apesar de lotado de seguranças, o René fotografou a vontade. Fingia que estava falando com alguém ao celular, ou que estava checando torpedos, e fotografava. Parecia o Maxwell Smart, o Agente 86, com a sua câmera disfarçada no sapato.
De repente percebi que tinha muita gente da 'minoria branca' falando ao celular com um ar levemente conspiratório. O que eles estariam tramando? Um café no quiosque do Viena? Um rodízio de pizza no Rascal? Cheesburger no América? Estariam em conference call com outros shoppings de São Paulo? Aí tem coisa, governador.
Depois de muito matutar cheguei a conclusão de que o líder da facção criminosa só pode ser o Joaquim, da barbearia Ringo, que sempre fala mal do governo quando corta o meu cabelo. Se eu fosse o senhor, governador, mandaria um jatinho da PM para negociar com ele.
E por via das dúvidas, mandaria bloquear o sinal do celular em todos os shoppings da capital.
(Veja fotos ultra secretas feitas com celular em áreas de segurança máxima dos Shoppings Iguatemi e Villa Lobos)
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